Búú! (por favor, faça cara de surpresa)

Sim, eu mesmo, Felipe, estou invadindo a área do Casando sem Grana. Calma, calma, não sou hacker e explico muito bem o que faço por aqui: a gente boníssima da Sammia me convidou a ter um espaço no blog dela. E vocês acham que eu sou besta de recusar? Claro que não, fiquei muito honrado com o convite e aceitei.

Segunda parte da explicação: quem diabos sou? Pra quem não me conhece, sou o autor do Noivos Internet Clube, um blog que discute o casamento sob a ótica masculina. Você pode achar estranho, mas como costumo dizer, casamento sem noivo vira festa e desfile de moda. Ou seja, somos parte importante – e às vezes esquecida – de um casório (digo “somos” porque também sou noivo, prestes a começar a jogar no time dos casados).

Aí já parece óbvio qual será meu tema aqui no CSG, né? Falarei sobre casamentos econômicos e nós, os cabrones. Pra estreia, pensei num papo rápido sobre a velha tradição de que a família da noiva paga a festa do matrimônio. Já ouviram isso, né?

Eu acho que meu tataravô se deu bem: deve ter levado uma bufunfa de dote e ainda se enchido de pão com lingüiça. Brincadeiras à parte, apesar de achar que isso era válido em 1800-guaraná-de-rolha, não é difícil conhecer pais de noivas que ainda pensam assim. Por outro lado, cada vez mais casais de noivos rompem essa tradição e enfiam as mãos nos próprios bolsos pra financiar o enlace. Ora, convenhamos, caro Watson: vivemos em tempos difíceis, de vacas esqueléticas e grana minúscula (já foi curta há algumas décadas) e aí é normal que os noivos se proponham a pagar a conta do matrimônio.

Não vejo problema em alguns pais quererem contribuir com alguma quantia pro casamento dos filhos. O problema é os pais se afogarem em dívidas pra bancar o sonho dos filhotes (e o dos coroas também). Obviamente, você deve concordar de que o mais importante num casório é o motivo pelo qual ele existe: o amor. Porém, deixemos a hipocrisia de lado e vamos admitir: quem não quer uma festa pra celebrar esse amor, pra comemorar o início de uma nova etapa? Aí, jovem mancebo, cabe o bom senso: de que adianta a noiva estar vestida de branco e a conta bancária estar pintada de vermelho?

Vamos direto ao ponto: case-se sim e faça uma recepção do tamanho do seu bolso. Estabeleça prioridades e aceite a ajuda (inclusive financeira) de outras pessoas, mas tenha certeza que isso não significa um sacrifício pra elas. E ainda: você saca aquela história de que um homem cavalheiro paga a conta sozinho? Ela é válida para certos momentos, mas garanto que o casamento não é um deles (a não ser que você seja o Eike Batista).

É aquela história: casar é fácil, difícil é pagar. Por isso, hermano, recuse o Red Bull e mantenha os pés no chão para evitar um tombo muito grande depois do “sim”. E até breve!

Abraços!

Felipe da Matta ou O Noivo, como preferir