Bem vindo(a) de volta!

E hoje é dia de mexer no seu bolso. Não vou levar nada pra mim pois será você mesmo a remexer nele e nas suas economias depois desse post.

Estima-se que hoje 6 em cada 10 brasileiros encontram-se endividados, com o nome sujo, com cheques devolvidos na praça e com o limite do cartão de crédito estourado. Eu já passei por isso também. Foram mais de 6 anos de restrição cadastral e mesmo assim não aprendi a poupar e nem frear meus impulsos consumistas.

Até que novembro do ano passado fiz o curso de Finanças com a minha amiga, Roberta Omeltech, e mudamos completamente nossa forma de agir e pensar. Resultado: Marido e eu de nomes limpos, contas totalmente em dia e muita economia no dia a dia da casa!

Além de te ensinar alguns macetes hoje, quero convidá-lo para um desafio de poupar em 52 semanas, aprendido no blog Vida Organizada, para conseguir seus primeiros resultados de mudança financeira.

Pronto(a)? Vamos lá! 🙂

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Você já deve ter ouvido falar que quando nos casamos estamos levando na bagagem os aprendizados dos nossos pais e de toda uma vida de solteiros, não é verdade? O que você não sabe ou não deve ter percebido é que você está levando também práticas e até TRAUMAS e COMPLEXOS do passado. No curso da Roberta, ouvimos o caso de uma mulher que passou tanta fome na infância que agora, casada e adulta, estoca comida até não poder mais em sua casa. Retirou uma lata de molho da dispensa? Ela corre e compra uma ou até duas para substituir. O terrível nisso tudo é que além de muitas coisas perderem o prazo de validade e irem pro lixo, ela tem dívidas inimagináveis nos cartões (sim, ela tem vários!) de supermercado!!!

Percebe onde quero chegar?

Assim que viemos morar juntos eu percebi que estava enveredando quase que pelo mesmo caminho da moça do exemplo. Minha infância foi tão restrita de variedade de alimentos que eu preparava uma panela gigante de arroz (e atenção: somos apenas dois aqui em casa) e comprava um monte de besteiras que se perdiam nos armários e geladeira. Fora isso, herdei também o mal hábito de minha mãe em não anotar gastos e poupar um pouquinho que seja todo mês. Ficou a cargo do Thiago controlar a situação mas, nem ele e nem eu, conhecíamos organização financeira, afinal de contas eram nossos pais que pagavam as contas das nossas casas e agora tudo com a gente assim, de uma hora para outra!

Em tempo fiz o curso junto com ele e passamos a praticar alguns hábitos que verdadeiramente mudaram nossas finanças e nos tiraram não só das dívidas mas do comodismo. Até nossa saúde melhorou! Veja só:

1. Abolimos a “compra do mês”

Não sei a idade de todos que leem o blog mas, quem tiver mais de 25 anos, deve se lembrar ou já ouviu falar dos tempos de inflação altíssima aqui no Brasil. Se você não conhece essa história, pergunte a alguém mais velho ou dê uma pesquisada no Google. Entender essa história te fará compreender o que fizemos e também mudar seus hábitos.
Nossos pais mantiveram a mentalidade dos difíceis anos 90 estocando comida. Isso refletiu-se em nós e quem sabe até mesmo em você. Antes gastávamos uma média de R$ 350 a R$ 500 reais (e lembre-se do que eu falei lá em cima: cansamos de perder alimentos que se estragavam) na compra do mês e hoje praticamos o ítem número 2 e o valor caiu para R$ 200!

2. O dinheiro da semana

Toda semana a gente saca R$ 100 reais e esse é o dinheiro TOTAL para se passar aquela semana. Destino R$ 50 para o supermercado e os outros R$ 50 pedimos uma pizza de vez em quando ou usamos para passear e/ou comer fora. Ou seja, num mês de 4 semanas, eu gastei R$ 200 com comida aqui pra casa e R$ 200 para outras necessidades ou desejos.
Viver em São Paulo é caro e você pode adaptar essa dica para os seus gastos mas, o mais importante nisso tudo, é que antes eram até R$ 500 SÓ com mercado e hoje com TODA a nossa alimentação são só R$ 400 🙂

3. Sem cartão de crédito e sem cheque

Foram 5 anos sem cartão de crédito e olha, não foi impossível de se viver não! Muito pelo contrário: aprendemos a guardar para ter a vista (e obter desconto) e também que não somos reféns dele. Menos uma conta todo mês!
Claro que para guardar milhas em viagens ou para comprar eletrodomésticos, por exemplo, fez falta. Mas agora sabemos como usá-lo com maestria: apenas para coisas maiores e pontualmente necessárias. A taxa de juros de um cartão chega a bizarros 400% ao ano quando se somam os juros, encargos e multas (!!!).

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4. Cortar os pequenos

Trocamos o plano de internet e tv a cabo por um mais em conta.
Fazemos uma recarga única por mês de R$ 35 reais nos celulares e vivemos muito bem com eles.
Agora que saímos de um bairro nobre e badalado de São Paulo cozinhamos mais em casa e almoço de domingo é em família, comer fora virou algo mais raro.
Quando vamos passear deixamos o carro em casa e utilizamos trem e metrô. Nestes passeios vamos a livrarias (amamos ler!) e lemos o máximo possível de livros e revistas a disposição do público. Economizamos comprando apenas aqueles que já lemos um bom tanto (ou até todo) e percebemos que valem a pena ter em casa.
Me joguei no Faça você Mesmo na decoração da casa e nas receitas criativas. É uma delícia criar ou invés de comprar tudo pronto!
Tudo o que era pacote master, analisamos para verificar se não podemos trocar pelo básico e ficar muito bem.
Paramos de comer porcarias. Isso contribuiu não só para a nossa saúde como obviamente para o bolso e dedico o item 5 para comentar sobre.

5. Mude sua alimentação urgentemente!

Bolacha recheada, barras de chocolate, iogurtes, balas, nuggets, hambúrguer, pizza, churrasco, muita massa, frituras, salgadinhos, sobremesas calóricas depois do almoço, açúcar em tudo para adoçar sem necessidade…JESUS! Eliminamos ou diminuímos ao extremo tudo isso. Se você anda reclamando que deu uma engordadinha depois de casar, pense se não são seus hábitos. A pele piora, o hálito azeda, o intestino não regula bem, o sedentarismo e as doenças começam a bater na porta.
Coloque mais frutas, legumes e verduras na sua alimentação e coma menos. Não coma na frente da Tv e reúna mais os amigos para comer em casa, comida caseira.

6. Um estilo de vida mais simples

Eu AMO comprar. Se eu sei que tenho dinheiro na carteira eu já fico pensando no que posso comprar com ele. Minha mente é minha pior inimiga nesses momentos e é por isso que eu cortei passeios a shoppings, lojas e ruas de comércio. Só vou a esses lugares só for extremamente necessário e ainda assim chego e vou embora rápido sem namorar as vitrines e entrar em todas as lojas. Escrevo o que preciso e vou direto onde sei que tem.
O que tenho no guarda-roupa procuro misturar e criar.
Os livros na estante eu faço troca por outros títulos.
Se a caminhada é curta eu vou a pé. Evito salto alto para não cansar e aproveitar mais.
Festas, baladas e agitos já não eram comigo, agora então…não que seja ruim qualquer um deles mas a diminuição de um ritmo frenético traz economia para o bolso.
Estou curtindo ainda mais a minha família e o tempo que passamos juntos brincamos com jogos de tabuleiro, jogos de vídeo-game, batemos muito papo e quando saímos todos juntos é sempre um passeio para nos curtirmos mutuamente e não para comprar, comprar e comprar.

7. Investimos ALTO nos nossos sonhos

E depois de tanto enxugar, vemos os nossos sonhos maiores ganhando espaço para se realizarem. A poupança começa a sorrir pra gente e já podemos voltar a planejar viajar mais, estudar fora do país e até ter um bebê daqui a um tempo. Se você economizar nem que seja só um pouquinho todo dia, vai se assustar com os resultados.

Mas para que tudo isso não fique só na teoria, o post de hoje a tarde (17h) vai ensinar a trazer para a prática. Nele vamos planilhar seus gastos de uma forma que você nunca pensou antes (e que dá certo com a gente!) e também aprender o desafio das 52 semanas da mudança.

 

Te vejo de novo daqui a pouquinho.

Beijos!

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