Vixi, o que escrever depois do post bomba da Sammia ontem? Após sentir um cheiro de queimado exalando do meu encéfalo, olhei ao meu redor e encontrei na televisão a inspiração para esse texto.
Todos nós, quando estamos com um pé já no altar, vivemos falando da casa nova, da cerimônia religiosa, da festa e da grana. Mas, peraí, e o deleite dos pombinhos? Sim, estou falando de sé-quis-su, mas não só. É a lua-de-mel, rapaziada.

De vez em quando, algumas pessoas me perguntam: “onde você vai passar a lua-de-mel?”. Respondo: “Bora-Bora”. Assim que os olhos do questionador se estatelam , rio e completo “bora-bora pra um lugar barato”. Falando sério: eu adoraria passar minha lua-de-mel em Bora-Bora, porém cumpadi, a bolsa de Dow Jones não tem cooperado muito. E bote “down” nisso, cada vez mais baixa a bufunfa. Aí é partir pro plano B, C, D ou E, dependendo da classe econômica.

Ok, suponhamos que você acha que uma lua-de-mel mega-chique é aquela que envolve passaporte. Eu acho bacana e cafona. Eu sei que você riu e tá achando que é despeito meu. Eu explico, caro Watson: por que pra ser chique tem que viajar pro exterior, como Paris, a cidade eleita por muitos recém-casados? Atenção: não tenho nada contra a quem vai pra Paris, até porque tenho vontade de conhecer a Cidade Luz e encher a pança de croissants. Mas vamos pensar: não dá pra ter ótimos momentos dentro do nosso próprio país?

Tem tanto lugar bonito por aqui e uma variedade igualmente favorável. Você pode estorricar na praia, bancar o guarani e a Ceci em meio a floresta, bater o queixo de frio numa serra ou a noiva achar que é a Iara, mãe d’água, e irem de cabeça pra uma cachoeira. E o legal é que, dependendo de onde está e pra onde quer ir, a primeira viagem como casados não sai tão cara. Hoje em dia, as empresas parcelam até uma bala Halls em 10 vezes sem juros com a primeira parcela pra dezembro de 2011. Fora promoções, baixas temporadas, descontos…

O que não vale, rapaz, é meter o pé na jaca e achar que parcelando até 2013 estará fazendo um bom negócio. Casar traz dívidas, mas permanecer casado também. Pense no seu bolso, no sonho de vocês, no estilo de lua-de-mel que vocês querem. Quando eu e minha noiva começamos a fazer orçamentos (lembram do nosso papo da semana passada?), tínhamos em mente uma cidade “X”. Chegamos a uma agência de turismo e o atendente nos questionou se tínhamos certeza de nossa escolha, pois aquele lugar era muito tranquilo.

Após me questionar mentalmente se o próximo passo do cara era me oferecer um Rivotril ou chamar a ambulância, refleti sobre essa adequação da lua-de-mel ao estilo de casal. E vi que faz toda razão. Um casal que bate ponto em boates vai curtir uma viagem pra uma fazenda? Provavelmente não. Os pombinhos que se apertaram o ano todo pra bancar o casório ficarão satisfeitos em um lugar onde uma garrafa d’água custa R$ 8,90? Provavelmente deixarão os olhos na cidade antes de retornarem pra casa.

Pra concluir, cabron: pensem bastante antes de definirem o destino do voo dos pombinhos. Mais importante que o local, é o clima entre vocês dois, de felicidade, harmonia, amor e tcheca-tcheca-na-butchaca.

Ah, e já ia me esquecendo do que me motivou a escrever esse post, né? O vídeo aí embaixo explica tudo.

Hasta!

O Noivo