Eu tenho um caso de amor e admiração, que era secreto e agora está revelado, pela Prill (vulgo Priscila). É minha alma gêmea de loucurices e teve um casamento que eu sou EXTRA suspeita pra dizer que amei. Primeiro por que é dela, segundo por que foi feito com TUDO o que eu acho fundamental pra vida, terceiro por que tinham fornecedores justos e parceiros e…ah, deixa ela contar vai. Até o relato dela foi perfeito….

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” Sobre nossa história, também não sei o que dizer… Nos conhecemos pela internet, coisa de blog. Eu no Rio e ele lá em Londrina, no Paraná. Um dia, depois de quase 2 anos de conversa, acordei um belo dia e falei: tenho que conhecer esse cara! Sabe quando a Kiddo acorda do coma em Kill Bill? Foi exatamente assim, eu estava cochilando a tarde e então aquilo me ocorreu como um susto, uma revelação. A coisa toda foi muito enrolada com momentos de extrema alegria e de extrema tristeza, principalmente momentos de total falta de grana (chegamos a procurar emprego de caixa das Lojas Americanas, como dobradores de roupa..). Fomos morar juntos e assim estávamos até essa decisão ensandecida de casarmos. Lá no blog fiz um post que explica melhor tudo o que nos aconteceu como nunca vou conseguir, aqui ó.

Por conta dessas coisas todas, quando resolvemos oficializar nosso ajuntamento, não passou pela nossa cabeça gastar. Na verdade era pra ser tudo num play de prédio, mas aí a gente descobriu que, meu deus, não há um play legal no Rio? É isso? A maioria era muito pequeno. Como não achávamos lugar e como o cartório da minha cidade (São Gonçalo, coisa linda!) pedia 4 meses de antecedência, a gente desistiu/adiou. Eu achava que era igual em Las Vegas, em Copacabana, você chegava e casava. Foi um balde de água fria.

Com mais tempo então pra decidir, começou o comichão de olhar coisas. Em pouco tempo a metamorfose começou, comecei a desenvolver uma crosta verde no lugar da pele, a ter dentes afiados e a não dormir nunca porque tava olhando vestidos.. BRIDEZILLA!!

Mas, apesar das coisas terem ficado um cado mais cheias de capricho, o que não mudou foi a nossa intenção de fazer algo pequeno onde pudéssemos celebrar com as pessoas que fizeram parte da nossa história. E também não mudou a vontade de ter amigos e familiares diretamente envolvidos nos preparativos, contribuindo com o que quisessem. A ideia era um casamento de várzea, um casamento moleque. Cara, antigamente todo mundo casava, não casava? E não tinha nada dessas papagaiadas, a mulherada ia lá e fazia os comes, os homens agitavam os bebes e tudo saía bem feliz.

O nosso saiu bem feliz! Claro, hoje não dá pra abrir mão de coisas estruturais como uma cerimonialista, um buffet bacana ou um fotógrafo que vai registrar e você não vai se envergonhar 10 anos depois. Isso fez o casamento no play se tornar um mini casamento, que não gastasse muito, mas que fosse bonito e gostoso de se estar. Recessionista sim, mas super digno.

Comprei meu vestido no etsy.com a 450 dólares. A mulher é fera! Caiu belamente, certinho. Chegou em menos de 1 mês (só a Polícia Federal quem me sacaneou e cobrou taxa de 60% mas, graças a Sheeva, a Wendy (a costureira do Etsy, de N. Jersey) colocou lá que era presente e que tinha custado 200 se não, brasiu…. Não me arrependo disso. Talvez me arrependa de não ter descoberto antes que comprar vestidos na China é o que há de mais esperto a ser feito, mas só isso. Demora, mas é baratinho, decente!

Eu mesma fiz os convites. Convites foram uma tortura porque demorei demais da conta a decidir o que fazer e, quando decidi, já tava muito em cima da data. Triste isso, eu não imaginei que seria complicado desse jeito, se alguém tivesse me avisado, tinha feito com mais antecedência. Pena. Mas ficou bem bonito, assim, deixando a modéstia de lado. Decoração foi um lance idealizado por mim e pela René Gaertner – falo dela aí em baixo. Foram muuuuuitas imagens trocadas, comentadas, muuuuuuitos quilômetros de SAARA percorridos.

Era pra ser uma festinha no jardim, mas quis Deus que não, que chovesse no dia anterior e que fizesse muito frio+vento no sábado. Uma pena, mas não há que se discutir sobre isso. Trocamos o chá-lanche no jardim por um chá aconchegante dentro de casa. O estilo era o retrô e a maioria da galera foi no clima, nos divertimos pra cacete com os modelitos.

Em toda essa trajetória, me acompanharam minhas amigas de cerveja. Elas foram minhas damas de honra, sempre presentes, sempre me ouvindo e resolvendo abacaxis. Minha mãe foi fantástica, acho que nunca fomos tão próximas. Certos acontecimentos aproximam as mulheres e o casamento fez com que nós duas nos descobríssemos mulheres e que podíamos (e devíamos!) criar coisas, rir e comer na caça de coisas bonitas e em conta.

Foi assim, debaixo de alguns narizes torcidos (porque sempre los hay) e depois de ser abandonada pela cabelereira (ela desmarcou no dia anterior porque tinha de comprar piso pra casa dela! sério), casamos com vista pro Cristo, pro Pão de Açúcar e pra Marina da Glória. O Rio é a cidade que amamos e escolhemos, a cidade horror e maravilhosa que é nosso cenário de amor, de paixão e de carnaval.

Não tenho do que reclamar. Saímos dessa sem dívidas. Creio que foram uns 12 mil nessa brincadeira, nem tudo nosso, muita gente ajudou, muita coisa a gente ganhou de pessoas próximas e de desconhecidos que simplesmente nos deram de presente um talento ou uma caixa de chá Twinings.

O que queria mostrar é que É POSSÍVEL a gente fazer as coisas. Pôr a mão na massa. Dar um tempo nessa coisa de perfeição. Privilegiar o improviso, o making.”

E para fechar com chave de ouro, aperte o PLAY e veja que diamante o trabalho da Rocha (representando mais uma vez aqui!)

Ficha Técnica

Espaço: Recanto do Barão –  Santa Teresa | Cerimonial – Oh Happy Day e Petits Mariages | Fotografia – Fabio Moro | Filmagem – Rocha Produções | Buffet – Crepes e massas Cabral | Convites – DIY | Maquiagem – Rejane Moraes | Vestido – Etsy |  Bolo e doces – Jane (21) 2712.8611 | Decoração: René Gaertner e Veri Gaertner (+ amigos)

Prill, Luv u <3


Beijos pra vocês!