Camilla e Alexandre se conheceram através de um site de relacionamentos em 2010. Conversaram, se encontraram, ficaram, namoraram, e então, realizaram o tão sonhado casamento. No começo o Alexandre desconversava quando o tema “casamento” aparecia, mas a Camilla conseguiu convence-lo e hoje estão casados.
Vem ler!
“Sou a Camilla, tenho 36 anos. Fui casada uma vez (12/06/2004 a 12/06/2010), num relacionamento de 13 anos no total (entre namoro, morar junto e casamento). Nesse primeiro casamento, fomos ao cartório e fizemos um almoço com buffet de crepes no salão de festas da minha mãe. Teve bolo, pró seco, docinhos finos de casamento, dj, fotógrafa e uma decoração simples e bonita feita pela minha ex-cunhada. Não casei de vestido de noiva (meu vestido era amarelo e preto, estilo anos 20), mandamos convites aos amigos e parentes e chegamos a 150 convidados. Mas, na realidade, eu ainda queria me “casar”.
Sempre imaginava a entrada triunfal da noiva, não necessariamente com a Marcha Nupcial de Mendelsohn (mas sempre a achei a mais bonita para entrada da noiva). Algumas músicas eu ouvia e pensava “imagina casar com essa música?”. Propus algumas vezes ao ex- para fazermos um casamento religioso, porque no fundo, esse desejo de casamento era um sonho contido. Só que ele nunca concordou.
Enfim, o relacionamento de 13 anos acabou (sendo 6 deles de casamento civil) e de casada passei a divorciada, aos 31 anos de idade. Daí, num dia em setembro de 2010, me inscrevi num site de relacionamento. Lá, havia dito que procurava amizade. E realmente procurava, pelo menos, conhecer homens de fora do meu círculo amigos, faculdade, trabalho.
Fiquei craque em pesquisar perfis, fazia altas buscas, comecei a garimpar engenheiros, médicos, arquitetos (lembram-se dos estereótipos?). E um Alex.SP, engenheiro, divorciado, 38 anos apareceu na minha busca. Ele me respondeu. Trocamos algumas mensagens, saímos pela primeira vez no dia 31/10/2010, rimos, conversamos, nos reencontramos, ficamos e começamos a namorar. Quando o Alexandre me beijou a primeira vez, tive uma sensação que jamais havia tido com meu ex-marido: a de que aquela história seria feliz para sempre.
Namoramos durante 2011 e no final daquele ano viemos morar juntos em Campinas. Eu já tinha jogado umas indiretas sobre casamento, que achava chato dar meu estado civil sempre de divorciada etc, etc. Mas ele desconversava. Até que em junho de 2012 houve um show do 14 Bis em Campinas, em uma praça e eu ouvi a música Todo Azul do Mar.
Voltei para casa cantarolando essa música. Fui tomar banho e na fumaça de vapor do banheiro DECIDI: Vou me casar com essa música! Com o Alexandre. No próximo dia 31/10 que cair em um sábado. Contas feitas no box do banheiro: 31/10/2015! Ótimo, desliguei o chuveiro, me vesti e comuniquei que ele iria se casar. Observem que estávamos em junho de 2012. Ele disse meio incrédulo: “Ok, quem sou eu para dizer não!”.
Com quase 3 anos de antecedência foi uma delícia planejar esse casamento. Vasculhei sites, li livros, falei com pessoas. Disso tudo, descobri um estilo de festa que queria dar. E foi então que cheguei ao CSG. Eu queria um casamento com a nossa cara: despojado, informal, sustentável, ecológico que não ficássemos devendo uma casa ao final da festa. Fiz planilhas de planejamento, com o calendário de quando precisaria ver cada item. E foi tudo assim, cuidei de cada coisa com muito amor.
Só que nós somos um casal que faz as coisas fora de ordem. Como dissemos em nosso convite: “Casais se conhecem, se apaixonam, se enamoram, se casam, festejam, vão morar juntos e têm filhos. Não necessariamente nessa ordem…”.
Como a data do casamento já estava acertada, decidimos ter filhos antes. E nossa princesa Leah nasceu em janeiro de 2014. Com um filho nascido, propus que casássemos no civil, o que ocorreu em 31/10/2014. Ficaria mais fácil só dar a festa dali a um ano. Mas eis que brota na cabeça do casal a ideia do segundo filho, e 31/10/2015 se tornou uma data perigosa, então antecipamos para 25/04/2015, porque já era o fim da estação de chuvas (queríamos casar ao ar livre), fugia de feriado prolongado, não era tão quente, não era tão frio e não era em maio, mês das noivas e tradicionalmente mais caro para casamentos. Compramos a passagem para nossa lua de mel na Espanha, pensando em levar a pequena conosco, afinal ela é a joia mais preciosa de nossa história de casal.
Só que dali a alguns dias, num exame de rotina, descobri que a Leah ganharia um irmão por volta de junho/2015. A festa dava para manter, estaria entre 7 e 8 meses de gestação, mas a viagem ficaria comprometida. Decidimos postergar a lua de mel, mas festa de casamento aconteceria de qualquer jeito, no dia 25/04/2015.
E foi assim:
O lugar
Os pais do Alexandre têm uma casa em Atibaia e são associados de um clube, a 45 minutos de São Paulo. Quando estive lá a primeira vez, em frente ao lago, num lindo dia de sol, não tive dúvidas: “vou me casar com o Alexandre aqui!”. Então, o local da cerimônia do casamento já estava determinado antes mesmo de saber que iríamos casar!
A festa fizemos em outra locação do clube, chamada Bar das Piscinas, igualmente linda. E mais reservada. E para aproveitar o maravilhoso visual do lugar, escolhemos nos casar durante o dia.
O clube é aberto para não sócios e o aluguel é muito mais em conta que em qualquer salão.
Convites
Compramos papel e envelope de uma gramatura maior que o convencional, escrevemos no word e o Alexandre formatou o texto. Mandamos a uma gráfica no bairro de casa, em uma hora estava tudo impresso. Os nomes dos convidados foram escritos por nós mesmos, com uma caneta prateada.
Som
Minha cunhada, irmã mais nova do Alê, havia se casado em agosto de 2014 e gostamos muito do dj da sua festa, que também foi durante o dia. Contratamos o Luiz e fizemos duas reuniões com ele para definição das músicas de entrada na cerimônia e som da festa. O preço foi bom, por isso nem pesquisei outros fornecedores. Detalhe, eu fiz a lista de músicas ao longo dos dois anos em que planejei o casamento.
Fotografia
Não gostamos de fotos posadas, queríamos uma coisa mais natural, algo com vida. Olhei diversos trabalhos, orcei diversos profissionais. Falei com um amiga minha jornalista se ela tinha algum fotógrafo para indicar, que tivesse um estilo de fotografia de moda ou jornalística e ela me indicou a Diana. Entrei no site da dela e adorei o estilo, era exatamente aquilo que eu procurava. Já tinha orçado outros serviços e ela estava no meio termo (não era o mais barato e estava longe de ser o mais caro). Juntando ao fato de ser o tipo de trabalho que eu procurava, fechei com ela. Mas houve um imprevisto de ordem pessoal às vésperas do casamento e ela não pôde ir e designou dois colegas para lhe cobrirem. Aprovei as indicações previamente e adorei o resultado, com tratamento estilo vintage que pedi.
Buffet
Orcei diversos serviços: massas, bolo e vinho, carnes, coquetel… Definimos que teríamos que servir um almoço, já que todos os convidados se deslocariam para nossa festa na hora do almoço. Daí comecei a pesquisar preços de almoços completos, com serviço americano, francês. E chegamos à concessionária do restaurante do clube, a Joyce, que concluiu conosco que servir finger foods seria o melhor negócio, pois nos pouparia de arranjar lugar para todos se sentarem ao mesmo tempo que solucionaríamos com mesas de coquetel, cujo aluguel seria mais em conta do que ampliar o serviço de garçons. A Joyce nos passou dois cardápios, aprovamos um deles e ainda fez uma opção de menu kids. Ela não era o serviço mais barato, porém incluía bebidas alcoólicas (espumante e chopp), o limite de idade para pagamento como adulto era maior do que o de outros locais e principalmente, conhecia todos os caminhos de onde seria a festa, sabia quais tomadas funcionavam e quais não, conhecia a logística do local.
A Joyce também cuidou da decoração do local da recepção. Como a natureza exuberante era o que mais chamava a atenção, pedimos só vasos simples nas mesas. Ela fez pequenos arranjos bem do nosso jeito e ainda fez marcações no caminho entre o local da cerimônia e o da festa que ficaram um charme!
Assessoria
O ponto principal da festa de casamento, para mim, era a entrada dos noivos. Isso não podia falhar, porque todos os meus sonhos estavam depositados naquele momento. Eu não precisava de mais nada, só entrar como noiva. A música escolhida foi “Ilha de Açores” do grupo português Madredeus, que ouvi nos anos 2000, na minissérie Os Maias. 15 anos com essa música na cabeça, minha gente! 15 anos sonhando em entrar de noiva ao som dessa música! Pra conseguir organizar isso, achei que seria importante uma assessoria do dia. Fiz orçamentos em Campinas, São Paulo, Itatiba, Atibaia e cheguei a uma empresa de Bragança Paulista. Foi no Google mesmo. Com mapa na mão (para ver o que era perto de Atibaia). A Giovana foi solícita e profissional, me passando contrato logo de cara e definindo quantas reuniões teríamos antes do evento. Nós nos encontramos duas vezes e falamos tantas outras por e-mail e WhatsApp. E o valor cobrado foi o mais barato de todos, pois ela levou em consideração que o trabalho dela seria exclusivamente para dar fluidez aos serviços no dia do casamento, já que eu tinha feito todo o resto.
Roupas dos noivos
Nós liberamos geral as vestimentas. Ninguém era obrigado a nada, só a se sentir confortável! No convite, advertimos quanto a salto alto (que ficaria fincado na grama) e gravatas (não precisava). Tivemos padrinho de calça jeans e era essa a ideia mesmo! Quando eu pensava no casamento, sabia que não queria vestido de noiva. Estava esperando a época de festas de fim de ano para comprar um vestido branco, de réveillon mesmo. E como depois descobri a gravidez, comprei via internet, um vestido de grávida branco, na época em que começaram as vendas de roupas para o réveillon. Levei a uma costureira do bairro onde moro em Campinas, a duas semanas do casamento (já que as medidas numa grávida podem mudar radicalmente de uma hora pra outra), ela fez os ajustes necessários e ainda colocou uma fita de cetim. No dia estava um pouco frio e coloquei uma pashmina que tinha no armário de casa. Os trajes do noivo foram simples: ele passou em uma loja de departamento, viu uma calça e uma camisa branca, gostou e levou!
Aliança
Alexandre e eu nos recusávamos a pagar a fortuna que as joalherias cobravam por uma aliança. E pensando no critério sustentável, procurei um ourives, indicado por uma amiga designer de joias, derreti a aliança do primeiro casamento, uma pulseira e outro anel que eu nunca usei e fiz o par de alianças e mais um pingente com a letra A. Tudo isso saiu por 1/4 do valor de uma aliança simples de joalherias renomadas.
Docinhos
O ponto alto do meu primeiro casamento foi a mesa de doces. Até hoje, mesmo após o divórcio, várias pessoas que foram àquela celebração ainda comentam comigo. Então, não seria dessa vez que falharia! Queria fugir do tradicional olho de sogra e camafeu. Pedi indicações em fóruns de mulheres antenadas que participo no Facebook. Muitos locais iam só pelo caminho do chocolate. Outros eram o que eu buscava, mas com preços proibitivos. Ao final, fiquei entre dois fornecedores, um de São Paulo e outro de Itatiba, com um escritório em Campinas. O de Itatiba tinha uma gama grande de doces (conseguiria fugir do trivial camafeu sem precisar cair só no chocolate) e tinha um frete muito mais em conta, além do valor dos doces não ser tão alto.
O bolo foi caseiro, feito por uma senhora em Atibaia, de fubá cremoso e de cenoura, com cobertura de chocolate, dois dos meus bolos prediletos. Para o topo de bolo usamos nossas fotos que estavam em nossos perfis do site de relacionamento em que nos conhecemos.
Brinquedos e tendas
A festa seria ao ar livre e vários amigos têm filhos pequenos. Para que as crianças ficassem entretidas, aluguei cama elástica e piscina de bolinhas e foi um sucesso! Todos se divertiram até o final da festa. Para ampliar o espaço em que os convidados poderiam ficar, já que o ambiente interno comportaria no máximo 50 pessoas, alugamos tendas para uma parte externa. Isso nos deu mais 60 lugares cobertos. E ainda colocamos uma tenda próxima aos brinquedos para que fosse montado um espaço kids. Contatei todos os fornecedores de Atibaia e decidi pelo menor preço.
A cerimônia
Ambos os noivos vieram de um casamento anterior e já estavam casados no civil há alguns meses. O Alexandre não tem religião e eu tenho ascendência judaica (apesar de não ser praticante). Desta forma, qualquer celebração religiosa estaria descartada. Queríamos uma coisa leve, uma reunião de pessoas queridas. Assim, chamamos um amigo para ser o mestre de cerimônias e mais dois casais de amigos como padrinhos e um de cada casal faria um discurso. Depois, cada um de nós leu o respectivo voto e nosso mestre nos “declarou” casados. Muito choro e alegria!
E assim, pude considerar o meu sonho realizado.
Confesso que me envolvi tanto na preparação do casamento, que me senti um pouco órfã quando tudo passou. Mas o importante é que ficou na memória e no coração a lembrança de um dia maravilhoso. Inesquecível! E não trocaria nenhuma viagem ao exterior pela realização desse sonho.
PS: Vocês devem estar se perguntando onde foi parar “Todo Azul do Mar”, música que inspirou o casamento. Ela foi a nossa valsa!”
Beijos!
Buffet e decoração: Joyce Fernandes – restaurantedamontanha@gmail.com | Fotografia: Diana Basei, José de Holanda – fotografiadeholanda@gmail.com e Laura Wrona Rosenthal – laudabliu@gmail.com | Assessoria do Dia: Gi Assessoria | Local: Atibaia Clube de Montanha | Doces: Bem Casados Doces Finos Itatiba (19) 3294-4484 | Vestido de Noiva: Maria Barriga | Dj: Luiz Myrrha (11) 98102-8718 – info@djhit.com.br | Brinquedos: DikaPlay | Tendas: Circulando (11) 98339-5559