Mais um casamento de orçamento apertadíssimo que saiu a cara dos noivos! =D

O da Julia também entrou na contramão das regras de que: “É necessário casar no cívil, depois no religioso e fazer um festão”. Os noivos decidiram que queriam ter um casamento apenas no cívil. Optaram também por fazê-lo “Mini” e pela manhã, onde seria servido, apenas um brunch.
Mas não seria qualquer Brunch: A noiva investiu na alimentação e nos registros fotográficos como os únicos luxos. Como eu sempre digo a vocês: Se puderem, façam o mesmo. Elejam algo importante e invistam. Fotos e vídeos que são lembranças duradouras; valem a pena. O importante é não fazer além do que se pode e contrair dívidas longas com isso.

Agora vamos ao resumo do próprio relato da Julia, que além de uma noiva fofa, é especialista no assunto casamento: Está a frente da Oh Happy Day Assessoria e Cerimonial que atende várias noivinhas no Rio de Janeiro que desejam ter o casamento dos sonhos sem destruir o talão de cheque…

***

Vou te dizer que nunca sonhei casar. Igreja, véu, 500 pessoas, nada disso. Mas quando eu e Heitor resolvemos que, depois de 2 anos morando juntos, iriamos nos casar de “papel passado” eu já tinha umas certezas sobre a festa.

1. Seria de manhã. Minha sogra chiou na hora (e depois eu mesma “sofri” as consequências dessa escolha já que, é óbvio, eu não consegui dormir direito na noite anterior e foi um suplício sair da cama no dia).
2. Seria um brunch (gossip girl feelings!).
3. Em vez de bolo, queria cupcakes.
4. E casaríamos apenas no civil. Nem eu nem Heitor temos religião, apesar de sermos muito ligados a espiritualidade.

Com essas escolhas, ficaram diversas questões, todas elas baseadas na nossa pouca grana. Tínhamos um teto de 10 mil reais, e tivemos que organizar as prioridades:
1. Boa comida e bebida. Eu adoro comer e, pra mim, festa boa é que tem comida delícia.
2. Fotos. Li diversos relatos sobre noivas que deixaram essa parte de lado, acreditando que as fotos que os convidados tirariam seriam suficientes e se arrependeram. Super acredito que meus netos vão ver essas fotos e eu mesma ainda vou me emocionar muito durante a vida lembrando desses momentos. Então foto era prioridade.

A lista de convidados
Com o nosso budget definido começamos com a lista dos convidados. Essa é a pior pior pior parte em disparado. 100 pessoas é MUITO POUCO. Mas pra caber no nosso bolso e dar uma festa com qualidade, tinha que ser isso. No fim, nosso maior arrependimento foi não ter chamado os 30% a mais referente ao coeficiente de faltosos. Porque, como foram poucos convidados e super específicos, a gente não imaginou que essas pessoas tão importantes iriam faltar. Mas faltaram e pagamos o buffet pra 30 pessoas a mais. E nem adianta contar com RSVP que ninguém confirma. E muitos que confirmaram também não apareceram, enfim. Conselho? Convide 30% a mais.

Os convites
Eu mesma fiz e foi uma das partes mais fáceis. Não que imprimir, cortar, refilar, envelopar e adesivar 100 convites não tenha dado um puta trabalho, mas eu já tinha tudo na minha cabeça e foi, criativamente, fácil e prazeroso. Ficou difícil depois, rs. A entrega dos convites foi mais complexa. Pra tentarmos economizar um pouco, resolvemos entregar em mãos os convites das pessoas mais próximas. Adivinha? No dia da festa ainda tinham 7 convites não entregues. Então: mande tudo pelo correio e se poupe de aborrecimentos futuros! rs


O casamento civil
Optamos por não levar o juiz de paz pra celebrar o casamento no local da festa e casar no cartório mesmo. Confesso que foi uma decisão baseada na grana por que esse serviço custa mais de 600 reais. O ruim disso é que você fica a mercê da data que o cartório celebra casamentos, no nosso caso, só nas quintas feiras de manhã. Com isso só compareceu a família e 3 amigas que puderam “escapar” do trabalho. Comprei um vestido só pro cartório (da Antix), minha mãe comprou um buquê de chocolate e acabou sendo bem fofo. Com direito a brinde com garrafinhas de chocolate com licor, rs.


As fotos
Como eu disse, foto era prioridade. Mas eu tava morrendo de medo do nosso dinheiro não dar. Então fui pedir indicações pra , de fotógrafos de casamento ao meu alcance. Quando ela me perguntou: “Ju, você não quer que eu faça as fotos?” fiquei na dúvida, por que eu queria ela como convidada, aproveitando a festa. Mas ao mesmo tempo, eu tinha certeza de que se tinha alguém que ia fazer fotos lindas, sensíveis e com a nossa cara, seria ela. E além de fotógrafa, ainda foi minha conselheira em assuntos diversos durante todo o processo. Amei, amei, amei!
O local da festa
Minha primeira opção era a Confeitaria Colombo, mas eles cobram R$85 por pessoa (já incluído o aluguel do salão e as bebidas não alcoólicas) e isso, apesar de não ser nenhum absurdo pela lindeza que é aquele lugar, não cabia no nosso bolso. Depois olhei a Casa de Sta Tereza, que tem uma vista maravilhosa, mas só pra alugar o espaço, sem móveis nem nada, era mais de 4 mil, desisti. Uma coisa que reparei é que é só dizer a palavra CASAMENTO que muitos fornecedores dobram o preço. Bom, minha sogra ofereceu o play do prédio dela que parece um varandão, num local cheio de plantas e um clima gostoso. E o melhor: custava meio salário mínimo. Topei e foi uma ótima escolha.

O buffet
tava insatisfeita com a pouca atenção que eles estavam me dando. Poxa, a maior despesa do casório seria com a comida, como assim eu estava sendo mal atendida?! A solução apareceu inesperadamente, no lançamento da novela Escrito nas Estrelas, eu provei umas comidinhas e apaixonei. Pedi o cartão do buffet e entrei em contato logo em seguida. Elas me ligaram, foram umas fofas, super atenciosas, montamos o cardápio juntas (é difícil essa tarefa por que eu sou vegetariana, mas meu marido não), e fechamos um valor que eu podia pagar, incluindo uns brigadeiros de chocolate belga que arrancaram suspiros de todos os convidados. Aliás, TODO MUNDO elogiou o buffet. E a Fátima, a coordenadora que estava lá, era um amor. Eles emprestaram as taças de champanhe e improvisaram taças pra cerveja por que a espertona aqui esqueceu de pedir, rs.


As bebidas
Eu sou uma criatura que tem dificuldade em delegar tarefas. Costumo tomar tudo pra mim e acabo me embolando toda. Por isso, resolvi deixar a questão das bebidas alcoólicas pro Heitor resolver. Decidimos que haveria cerveja durante toda festa e champanhe só pro brinde. Na véspera, é claro, ele ainda não tinha comprado nada. *suspira*. Daí eu achei um site de bebidas com um espumante super honesto a preço decente (Salton Demi-Sec) e meu pai resolveu dar de presente pra gente servir durante toda festa. Encomendei 30 garrafas, fui muito bem atendida e tudo chegou direitinho no prazo. As cervejas Heitor comprou na véspera, 200 latinhas, no Extra. Olha, não sobrou espumante, mas sobraram umas 30 latinhas de cerveja.

Os doces
Então, nada de bolo, né? Mas essa decisão que parecia tão simples foi um dos maiores perrengues da organização. Porque aqui no Rio temos poucos fornecedores de cupcakes! De prima, eu tinha amado a BiteMe. Fiz a degustação, a Nicole foi um amor, eu AMEI os cupcakes dela, mas quando estávamos fechando, ela, que estava grávida; lembrou que ia dar a luz bem na época do meu casamento e não poderia me atender. Foi uma tristeza porque eu sabia que não ia encontrar doces como os dela. E fui correr atrás. Provei mais dois fornecedores e acabei fechando (algumas semanas antes da festa) com a Tati da LeNouNou, ficaram lindos e gostosos e ela ainda enfeitou as bandejas dos cuppies com as cores do casamento. Encomendei 120 cuppies a R$ 5 cada e ela cobrou R$35 do aluguel de duas bandejas com 3 andares.
Na páscoa eu ganhei de presente
uns mini-alfajores deliciosos e resolvi entrar em contato com o Angel pra ver se ele faria esses alfajores em embalagem de bem-casado. Outra ótima escolha. Estavam maravilhosos e foram muito elogiados. Foram 200 e custaram R$2 cada


O vestido
A mãe de uma das madrinhas é costureira e a Sa resolveu me dar de presente o vestido. Eu nunca pensei em vestido longo, nem cheio de glamour, até porque, nem combinava com o tipo de festa que eu tava planejando. Mas foi uma busca complicada. Cheguei a pensar em desistir e comprar qualquer vestido branco e pronto. Ao fim, achei um vestido (que nem era de noiva) branco, todo molinho, lindo, numa revista q eu tava folheando no trabalho. Arranquei a pagina e levei pra Penha. Ela topou, achou lindo e fez! Todo mundo amou e disse que eu estava linda e o vestido era a minha cara.

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O sapato
Não queria branco. Meu vestido já era um “chantilli”, como diria a madrinha do Heitor, rs, e eu queria quebrar aquela brancura toda. Gastei horas procurando o sapato ideal, fui em dois shoppings grandes e entrei em todas as lojas de sapato buscando aquele q ia encher meus olhos e nada. Eu já tinha passado em frente a Imporium da Tijuca, mas nada me agradou. Quando estava quase desistindo dei outra chance à loja e entrei novamente. Dessa vez expliquei pra vendedora o que eu queria e ela trouxe algumas opções. A Imporium tem sapatos muito legais, mas não expõe todos na loja, por isso eu não achei nada da primeira vez. Quando ela me mostrou esse sapato, não pensei nem duas vezes! Era ele!


A maquiagem e o cabelo
A principio, eu não queria gastar com isso. Eu sei me maquiar e o cabelo seria simples, solto mesmo. Quando foi chegando mais perto e eu fui desesperando, percebi que ia ficar muito nervosa na hora e era melhor contratar um profissional pra isso. Como não estava dentro do nosso orçamento inicial tinha que encontrar alguém de confiança e barato. A primeira indicação que me deram cobrou 600 pratas. Não dava. Foi quando eu pedi referências pra Lu, que é maquiadora lá na novela e ela se ofereceu a fazer por um preço super camarada junto com uma colega, a Veruska. Graças aos céus que elas apareceram, porque eu realmente não teria a mínima condição de me arrumar. Fiquei MUITO nervosa no dia!



As flores
Idealmente, eu queria ter feito toda a decoração da festa. Tinha na minha cabeça todas as referências e sabia exatamente o que eu queria. Só que 3 meses antes do casório eu entrei na Oficina de Produção de Arte da Globo e passei a trabalhar 11hs por dia, 6 dias da semana. F***. E minha falta de experiência com organização de eventos fez com que eu deixasse essa parte, assim como o aluguel de toalhas, pra ultima hora. Uma semana antes da festa eu estava fechando com a Guida. Um amor de pessoa, super criativa e empenhada, mas ela não estava dentro da minha cabeça, né? Nem tivemos tempo de discutir muito sobre o que eu queria. O que acabou acontecendo foi que ela acertou em algumas coisas e errou em outras. O buquê, por exemplo, eu havia pedido um pequeno e redondo, com flores coloridas (que ela me “proibiu” pedir flores do campo, porque acha “pobre”). Concordei com as tulipas, sempre gostei de tulipas. Além disso, também pedi 4 mini buquês de tulipas amarelas pra presentear minhas madrinhas. No dia da fes
ta, além da equipe dela ter se atrasado 2 hs, ela me apareceu com um buquê GIGANTE pra mim. Daqueles de segurar tipo filho, sabe? Nada delicado. E gente, meu vestido era curto, eu sou baixinha, o buquê era quase maior que eu!! E nem haveria cerimonia alguma, nem cortejo, nem nada, o buquê era pra ser discreto e delicado, só pra compôr pras fotos. Enfim, desespero, né? Olhei pras minhas amigas que estavam comigo enquanto eu me arrumava no apartamento da sogra e falei: “não gostei disso, não…” Olha, se posso dar mais um conselho precioso é esse: no dia, tenha ao seu redor amigas próximas que te conheçam. Elas, prontamente, pegaram uma tesoura e refizeram o buquê pra mim, do meu jeitinho, lindo!


E o buquê das madrinhas, cadê? A Guida havia esquecido. Outra decepção. Acabou fazendo os 4 buquês ali na hora e eu pude presenteá-las com todo carinho, mas não ficou como eu gostaria.
Fora isso, os arranjos das mesas, feitos de gérberas, ficaram fofos, assim como o “jeitinho” que ela deu na passagem entre um ambiente e outro, que ficou lindo lindo.


Fiz umas guirlandas de corações azuis pra pendurar pela festa, e a Raqz fez 100 tsurus que espalhamos pela mesa do buffet e ficou uma graça.


As lembrancinhas
Meses antes eu havia feito um passeio pelo Saara pra checar preços e ver se era possível fazer 100 potinhos personalizados de geléia de morango. Minha mãe faz uma geleia maravilhosa e achei que ia ficar super meigo. Uma semana antes, fui comprar os potinhos e adivinha? Estavam em falta. E agora? Eu e a Raq pensamos em forminhas de biscoito em forma de coração, mas não achamos 100 pra comprar. Ela já tinha encomendado 100 bottons com o coração pixel que foi a marca do casório e deu a ideia de fazer corações vermelhos de feltro com o bottonzinho pregado. E deu muito certo! Os meninos inventaram de colocar os corações na lapela e todos brincaram dizendo q vieram ao casamento sem coração e saíram com! rs. A Raq também fez um caderno pros convidados deixarem recados pra nós.



Os votos
Desde que começamos a pensar em casamento, essa idéia só fazia sentido por que sentíamos falta de um ritual. A gente gosta de rituais de passagem, achamos importante. E mais que isso, achávamos q era importante q nossos amigos e entes queridos presenciassem nossos votos de amor. Nunca fizemos questão de ter um celebrante na festa porque chegamos a conclusão q as nossas palavras um para o outro e para os nossos convidados eram muito mais significativas do que qualquer texto q um desconhecido pudesse falar ali. E assim, antes do brinde, lemos um para o outro nossos votos de amor e companheirismo na frente de todos. Nem preciso dizer q chorei a beça, né? Aliás, eu chorei, Heitor chorou, TODO MUNDO chorou! rs!! Foi um momento muito especial quando senti q todos estávamos no mesmo clima de esperança no amor ali.


Apesar de todos os percalços e de tudo q não deu certo, meu casamento foi perfeito. Heitor e eu estávamos irradiando felicidade, as pessoas mais importantes estavam presentes e felizes por nós, foi um dia muito muito feliz.”


Obrigada Ju!  =)



Ficha Técnica
Vestido do noivado – Antix | Fotos – The Kiwi Studio | Buffet – Anna Elisa Gastronomia | Bebidas – Adega Curitibana | Cupcakes – Le NouNou | Alfajours – El Maestro Confeitaria | Sapato – Imporium


Beijos!


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