Oi, pessoas lindas, tudo bem com vocês?
Comigo tudo ótimo! Exceto pelo fato de que eu não caibo no meu vestido de noiva, está tudo óóóótimo! 🙂
Explico: recentemente teve aqui na minha cidade uma mega liquidação de uma grande loja de vestidos de noiva e roupas de festa. Eu, claro, passei lá pra dar uma olhada e acabei encontrando um vestido pelo qual simplesmente me apaixonei. Experimentei umas cinco vezes, entre um vestido e outro (a vendedora já estava querendo me matar, por sinal, de tantos vestidos que experimentei). Só que, gente, era liquidação, saldão total, não tinha essa de tamanho! Pra vocês terem uma ideia, eu comprei esse vestido com quase noventa por cento de desconto!!!! Então, era o que tinha nas araras e pronto! E o vestido não fecha nem que a vaca cacareje… Como se diz no meu Ceará, “peeeense no desespero”! Fiquei só com duas opções: ou mexo no vestido, ou emagreço. Mas eu não quero mexer no vestido, porque ele é todo cheio de detalhes de uma tal de renda francesa que eu achei maravilhosa. Então, só me sobrou o que?? Perder uns 10 kg!
O que não é tanto problema, porque eu já acompanho os posts da Noiva Saudável, claro. E também já consegui ir em uma nutricionista nazista maravilhosa, que me passou uma dieta com muitas caretas delícias, e eu estou seguindo à risca. Mas por que estou contando essa história pra vocês?
Porque eu não vivo sem as minhas doçuras! E eu sei que muitas de vocês também estão aproveitando a carona do casamento para adotar um estilo de vida com a presença de mais alternativas saudáveis na vida e na dieta. Então, queria avisá-las que, daqui pra frente, alternando com as receitas e ideias específicas para apresentação no casamento, teremos a presença de várias receitas sem glúten, sem lactose, sem açúcar e veganas, frutos das minhas novas experiências. Tudo ao mesmo tempo não, né gente? Porque aí também é nível hard (quem sabe um dia?).
E hoje, para estrear o nosso espaço de experiências light, vou trazer pra vocês uma adaptação que fiz da famosa torta mineira “Amor aos Pedaços”. Pra quem não conhece, esse é um dos doces brasileiros mais clássicos. Uma torta de abacaxi com coco, que eu acho maravilhosa e deliciosa. E quer uma coisa que combine mais com esse blog do que uma torta que tem “Amor” no nome??
Aqui eu vou deixar com vocês a receita original (com farinha de trigo e açúcar) e a que eu usei (com farinha sem glúten e sucralose), com as devidas observações sobre as marcas, mudanças nos ingredientes e no processo. Vamos lá?
Receita original:
Recheio
- Abacaxi em cubos – 1/2 unidade. Obs.: (vale para qualquer versão) uma das características desta torta são os pedaços inteiros de abacaxi cozido no recheio. Então, o ideal é que os cubos não sejam muito pequenos e o abacaxi não esteja muito maduro.
- Coco fresco ralado finamente – 125 g (1 ¼ xícara). Obs.: (vale para qualquer versão) também funciona com coco desidratado, mas ficará mais quebradiço e menos cremoso. Se for coco seco, a medida é 1 1/2 xícara.
- Açúcar – 125 g (8 colheres de sopa)
- Manteiga – 10 g (1 colher de sobremesa cheia)
- Ovos – 110 g (2 ovos grandes)
Massa
- Manteiga – 125 g (⅔ xícara)
- Açúcar – 50 g (¼ xícara)
- Ovos – 28 g (meio ovo grande)
- Farinha de trigo – cerca de 150 g (pouco menos de 1 xícara)
- Fermento – 8 g (1 colher de chá)
Receita adaptada:
Recheio
- Abacaxi em cubos – mesma medida
- Coco fresco ralado – mesma medida
- Manteiga – mesma medida
- Ovos – mesma medida
- Sucralose versão forno e fogão – 4 colheres de sopa. Obs.: a maior parte dos açúcares de forno e fogão indicam no rótulo “usar a mesma quantidade do açúcar comum”. Já fiz várias receitas diet e isso nunca dá certo, sempre fica adoçado demais. Eu recomendo ir testando aos poucos, começando com, no máximo, a metade da quantidade da receita original. Eu usei da marca Linea.
Massa
- Manteiga – mesma medida
- Ovos – usei somente a metade da medida original
- Fermento – mesma medida
- Farinha sem glúten – cerca de 180 g (1 1/2 xícara). Obs.: eu usei a farinha da marca Mix C Dolci.
– Esse produto é um mix de farinhas especialmente desenvolvido para o preparo de sobremesas, à base de milho e alfarroba. Sem glúten, sem lactose e, ainda, não contém soja, ovo ou leite adicionado. É livre de gorduras hidrogenadas, corantes e conservantes, e é fonte de fibras. Existem várias outras alternativas de farinhas sem glúten, industrializadas e caseiras também, sempre que for testando vou trazendo aqui pra vocês os resultados 😉
Para polvilhar
- Canela em pó
- Açúcar (suprimir no caso da versão light)
Receita original:
Recheio
Misture bem todos os ingredientes e leve ao fogo baixo, mexendo sempre até secar o líquido.
Massa
- Misture a manteiga, o açúcar, o ovo e o fermento em pó, e vá acrescentando, aos poucos, a farinha de trigo, até obter uma massa não muito seca (pode ser que não seja necessário usar toda a farinha). Não use batedeira, para não estimular a formação do glúten e sua massa não ficar elástica. Vai fazer um pouco de meleca, mas use uma colher e as mãos, mesmo.
- Abra a massa (cerca de 0,5 cm de espessura) usando um filme plástico e rolo. Resfrie levemente, só o suficiente para a manteiga endurecer e ajudar na hora de cobrir a fôrma. Separe uma parte para cobrir a torta ou decorar a parte superior.
- Coloque uma parte da massa em uma assadeira untada e distribua o recheio frio.
- Cubra com a outra parte da massa e leve para assar a 180ºC. Obs.: se você tiver um processador será bem mais rápido e fará bem menos sujeira. É só jogar dentro e processar rapidamente até a massa ficar no ponto.
Receita adaptada:
Recheio
- Misture todos os ingredientes, exceto a sucralose, e leve ao fogo.
- De acordo com o seu gosto, vá acrescentando, aos poucos, a sucralose. Poderá variar de acordo com a fruta (maior, menor, mais ou menos doce) e o seu gosto. No meu caso, quatro colheres de sopa foram suficientes: a torta ficou doce na medida certa, sem nenhum gosto residual de adoçante. Obs.: a receita não pede, mas eu gosto de acrescentar cerca de meia xícara de água no cozimento (especialmente se estiver usando coco seco). Isso faz com que a misura fique no fogo mais tempo, o abacaxi espalhe mais sabor e cozinhe mais, o coco hidrate mais, enfim. Eu acho que o resultado final fica um pouco melhor.
Massa
Mesmo procedimento da receita original.
Resultado final:
Observações gerais:
- A massa feita com esta farinha sem glúten ficará mais macia e bem mais delicada e quebradiça. Por isso, é ainda mais importante usar uma fôrma de fundo removível. Ela vai quebrar, não tem jeito, mas você pode consertar as fissuras moldando delicadamente com as mãos. Antes de aplicar o recheio, resfrie novamente, já com a massa dentro da fôrma.
- Você pode usar essa massa para fazer a torta inteira ou pequenas tortinhas. Essa quantidade é suficiente para uma assadeira de 20 cm sem a cobertura superior de massa, ou uma de 15 cm com a cobertura, ou cerca de dez tortinhas individuais. No caso da farinha sem glúten, muito cuidado na hora de desenformar: lembre-se de que a massa é bem delicada e quebradiça.
- Na receita clássica, a torta deve ser coberta de massa para assar, cortada em cubos, e cada pedaço polvilhado com açúcar e canela. Eu gosto mais de deixar a torta aberta, sem nenhuma cobertura em cima, e servir as fatias. Mas isso é o meu gosto.
Imagem: blog Um Bolo Xadrez
- Esse recheio de abacaxi é delicioso e pode ser usado em outras preparações, como bolos ou doces de camadas.
Imagem: docesregionais.com
Espero que tenham gostado, pessoal 🙂
Um grande beijo a todos e até a próxima!