Oi, gente! Tudo bem?

Ano passado em um dos meus primeiros post aqui no CSG, comentei que viajar para outros países seria mais caro que alguns lugares aqui no Brasil, como Fernando de Noronha, por exemplo. Sim, realmente não é nada tão acessível, mas se houver planejamento, um apertinho aqui e outro ali é possível. Então, nas minhas férias eu fui para esse paraíso quente, gostoso e, literalmente DI-VI-NO!

Noronha, respira tranquilidade, um calor que cansa, mas ao mesmo tempo anima, dá forças para você querer desbravar cada praia, andar de buggy  e, claro, tirar milhares de fotos. Acredito que não tem como não gostar desse lugar, a beleza está por quase toda a parte, um povo simpático, educado e sempre disposto a fazer sua estada ser perfeita. Claro, que se o seu lema não for mato, aventura e adrenalina, Noronha não é tão indicado, mas mesmo assim vale conferir as paisagens e praias com águas cristalinas como uma verdadeira lagoa azul. Sim, a frase “…abençoado por Deus e bonito por natureza…”, da música ‘País Tropical’, de Jorge Ben Jor , se encaixa perfeitamente ao arquipélago, sem tirar nem por.

A ideia de ir para lá foi do meu pai, que queria muito conhecer a cidade, então fomos em tropa – quase toda a família (papai, irmã, cunhado, marido e EU) , em cinco belos dias de sol e muitas, mas muitas andanças.  Ficamos hospedados em uma pousada simples, pois a intenção era baratear cada vez mais o pacote. Não me arrependo de ter ficado em uma pousada praticamente sem estrelas, porque nós não ficávamos muito no ambiente, era realmente para tomar banho e dormir, mal assistíamos TV de tão cansados que voltávamos dos passeios. Só fomos saber da morte do Chorão e do presidente da Venezuela no dia seguinte, até porque o sinal de internet também não é tão eficaz e, não tínhamos vontade nenhuma de saber o que estava acontecendo mundo afora.

Praia do Leão

A tropa completa na Praia do Leão

Ok, contada a história, o que é preciso para chegar a Fernando de Noronha? Há duas possibilidades: de avião ou navio. De avião saem opções de Recife e Natal diariamente, pela Gol e Trip, com aproximadamente 1 hora de duração. Não tem voo direto de qualquer outra cidade. De navio, a opção em 2013/2014 é Louis Aura – BCR, único autorizado para aportar no arquipélago.

Como sou de São Paulo, fiz a conexão em Recife e, aproveitei para comprar o belíssimo bolo  de rolo. Gente, é caro mais vale a pena (R$ 45,90). Conheci essa beldade em 2011, quando uma grande amiga de Recife veio passar uns dias na terra da garoa, mas em 2013 conheci a versão ‘Chocolate’ e me apaixonei, esplêndido!

Bolo de Rolo
Voltando à viagem, como comprei meu pacote com seis meses de antecedência, com aéreo de ida e volta, hospedagem com café da manhã, traslados, palestra de introdução à Ilha (toda operadora oferece, sendo a grande maioria, gratuito) + caminhada histórica, paguei a bagatela de R$ 1.790 pela CVC. Sim, bagatela porque em milhares de pesquisas não encontrava por nada deste mundo pacote nenhum por menos de R$ 2.000,00. Então, comemoramos e fechamos os pacotes!

O aeroporto é pequenininho, você vai se surpreender. Mas antes de sair de lá, é necessário pagar uma taxa de preservação ambiental, cobrada de acordo com os dias de permanência na Ilha. O valor da taxa é R$ 45,60 por dia e deve ser pago no aeroporto no momento do desembarque ou pela internet. Clique aqui para obter mais informações.

Todavia, antes de se aventurar na ilha, é preciso pagar outra taxa. Sim, mais uma! Agora é a de acesso ao Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha, com valor de R$ 65,00 para brasileiros e R$ 130,00 para estrangeiros. Este ingresso é válido por 10 dias, e dá ao visitante o direito de acessar todas as áreas do Parque Nacional destinadas ao uso público. A arrecadação deste ingresso tem cerca de 70% do seu valor revertido às melhorias diretas ao Parque por meio de projetos de reforma e manutenção. Sendo assim, todo visitante colabora diretamente com a conservação dos recursos naturais e a preservação de toda beleza cênica deste paraíso.

Pagamento da taxa de acesso ao Parque Nacional

Pagamento da taxa de acesso ao Parque Nacional – Foto Antonio Balbino Cunha

Apesar dos seus humildes 17 km², 545 km de Recife, e uma população de pouco mais de 3 mil habitantes, visitar Noronha é vivenciar história em cada horizonte, é perceber que uma parte do Brasil praticamente não foi destruída, intacta e esplêndida.

Natureza plena

Natureza plena – Foto Antonio Balbino Cunha

Não foi uma viagem de lua de mel, até porque estávamos entre família. No entanto, foram dias de muita conversa, de entendimento e de descobertas. Casamento não é fácil, pelo contrário, é um ensinamento diário de convivência, de paciência e preservação do amor. Por mais que você namore anos com a pessoa, efetivamente o conhecimento total só é perceptível quando se dorme, acorda e convive 24h. É só assim que você conhece os defeitos, a cumplicidade e as qualidades.

Nem sempre o amor consegue vencer essa barreira, porque a luta não é fácil: culturas, educações e sonhos distintos muitas vezes destroçam algo que você imaginava que seria para sempre. Então, é a hora de sentar e conversar francamente. E, realmente não tem lugar melhor para refletir sobre isso do que Fernando de Noronha. Não, nós não ficamos apenas conversando, nos divertimos muito também, tenham certeza….

Air France - Foto: Jussiê Vasconcelos

Air France – Foto: Jussiê Vasconcelos

Noronha tem muito que mostrar, mas fica impossível contar quase tudo em um único post. Então para não deixar a leitura cansativa, conto mais na próxima semana, ok? Aguardem! Dicas fantásticas  =]

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Beijinhos,