Fala aí, moçadinha bacana, tudo certo? Cá estava eu pensando sobre o que poderia escrever pra coluna de hoje. O tema que eu tinha em mente, achei melhor deixar pra outra oportunidade (penso que preciso amadurecer melhor a ideia). Aí bateu um vazio existencial, o mesmo que sinto quando saio da academia urrando de fome.  Como sou muito ligado em música, apelei: vou buscar inspiração em alguma delas. Tentei não ser tendencioso e coloquei o player no modo aleatório. Descobri que o meu player é super ligado em sites de notícias porque logo de cara mandou “It’s my party”, da Amy Winehouse (aliás, originalmente a música não é dela, mas cai como uma luva – “It’s my party and I’ll cry if i want to”). Bateu deprê e pulei pra próxima. Aí veio uma das raras bate-estacas que tenho no meu computador (esse não é nem de longe um dos meus estilos favoritos). Batidão, festa, comemoração, casamento… despedida de solteiro! Pronto, agora tenho um tema.

Lá vem mais polêmica, certo? Não sei, depende do que você pensa. É certo que a tal da despedida de solteiro gera preocupação nos mais possessivos. “Será que ela vai num clube de mulheres?”. “Será que os amigos dele contrataram uma stripper?”. Será, Serafim? Apenas isso já é o suficiente pra deixar muita gente por aí vagando como um zumbi do Resident Evil madrugada afora. Fora as chances disso dar merda (já viram “Se beber, não case”, né?). Pros mais liberais, tá tranquilo, é apenas uma noite, o barraco tá liberado. E no seu caso, será que a night é free mesmo?

No meu caso, não tá. E não é só por minha noiva, mas muito por mim. Eu me despedi da solteirice quando comecei a me relacionar com ela. Às vezes penso que essa ideia de despedida de solteiro como um vale-tudo sexual parece uma “última vez”: última vez que fico com alguém que não é minha noiva, última vez que vou fazer coisas das quais ela sentiria vergonha, última vez que sairei com meus amigos pra “pegar mulher”… Pô, mas você tem vontade de fazer isso? Algo pode estar andando errado no seu relacionamento, Alazão.

Longe de mim me meter no seu relacionamento. Se vocês dois acham tudo bem dar uma variada no cardápio, ok, as duas partes estão concordando e aceitando isso. Mas se um de vocês encrenca, tenha certeza, seu bolo vai desandar e sua batata vai ferver de tão quente. Por isso,cabron, faça como o pensador de Rodin: pegue um banquinho do tio Raul Gil, sente um pouco com a Claudia e reflita sobre sua despedida. Acho válido fazer uma despedida de solteiro – eu também terei a minha. Mas o conceito é outro, eu já saí da pista pra negócio faz tempo. Vou comemorar com meus amigos uma nova etapa da minha vida, lembrando das etapas anteriores. É um ritual de passagem, todos da tribo Homo cabrones participaram disso. E não há problema, é só saber fazer.

Beba com moderação (ou não, aí é contigo), estabeleça as regras da noite com os convidados, deixe a noiva segura e se divirta. A despedida de solteiro é pra descontrair as tensões do casório, não pra criar aporrinhação. E quando for a despedida dela? Nada de ficar ligando de meia em meia hora pra ela nem ficar escondido na porta do local onde rolará a noite das moçoilas. Desencane e confie nela da mesma forma que ela acredita em você. No fim, vista sua camisa de solteiro pela última vez porque seu passe já foi comprado pelo Casados Futebol Clube.

Antes de fechar a coluna de hoje, diga aí: como foi/será a sua despedida de solteiro(a)?

Obs.: escrevi o texto como se fosse direcionado pros brothers, mas o mesmo vale pras garotas, viu, espertinhas!

Hasta luego!

O Noivo