Oi, Queridos leitores! (Sim, tenho que colocar no masculino pois titia Sammia me falou que nosso público masculino está aumentando!).

Eu nem ia colocar esse post no ar hoje, mas eu fiquei me sentindo culpada pois deixei de falar uma coisa IMPORTANTÍSSIMA no post anterior e confundi a cabeça de um monte de leitoras, então MEA CULPA, vou me redimir agora. Está aí na dúvida Nº 1.

1) Dúvida da Gisele:

“Fiquei com uma dúvida… Já contatei alguns corretores e a forma que eles pediram que eu usasse o simulador foi diferente. Por exemplo:
Encontrei um ap na planta por 120 mil, no simulador, no campo “Qual é o valor aproximado do imóvel”, eu colocaria os 120 mil, o resultado no campo “Valor da entrada” teria que ser dado à construtora durante as obras, o restante, “Valor do financiamento”, eu pagaria a CEF, mas sem entrada nenhuma com a CEF, eu pagaria a entrada à construtora e iria direto para o financiamento com a CEF. Essa outra forma também está correta?”

Resposta:

SIM!  Algumas construtoras fazem a simulação desse jeito: jogam o valor total do imóvel no simulador e a diferença, diminuída do FGTS (se tiver), é paga à construtora.  Assim, vocês conseguem dividir a entrada com a construtora durante o tempo de obra. Mas a ideia é a mesma, só vai mudar o valor do imóvel. Lembrem-se que o potencial de financiamento é dado pela renda.

Refazendo a simulação do 1º exemplo do último post, ficaria assim:

Perceberam que só a entrada mudou? Pois, como eu falei no post anterior, a RENDA define o valor a ser financiado, mas outros fatores influenciam, como idade e FGTS. Neste caso, como a gente só alterou o valor do imóvel, a entrada foi maior, pois a renda permaneceu a mesma e a prestação já estava no máximo dos 30% da renda.

Em alguns casos, fazer a simulação assim pode ser mais vantajoso, pois se você tem uma renda mais alta, pode ser que uma parte da entrada que seria da construtora se a gente pensasse em 20% de entrada, passe a ser financiada.

O importante aqui é vocês entenderem que DEPENDE DA CONSTRUTORA. Vocês precisam entender a simulação, mas como ela é feita vai ser orientado pelo corretor da venda.

Agora, vocês viram que eu marquei em laranja os 300 meses? É que eu não expliquei da outra vez que você deve sempre verificar como fica a simulação em 240 meses; neste caso não fará diferença, mas em alguns casos pode ser vantajoso, então verifique essa opção também. Expliquei como faz para mudar de 300 para 240 meses no post anterior.

 

2) Dúvida da Munich:

“Fiquei com uma dúvida: Eu tenho cerca de R$ 1000,00 de FGTS preso na conta pois trabalhei algum tempo com carteira assinada, (somando todos os contratos de trabalho dá menos de 3 anos) e pedi demissão do emprego pois fui aprovada em um concurso público.

Então meu primeiro emprego com carteira assinada foi em 2006, ou seja, há mais de 3 anos. Mas não tenho 3 anos de carteira assinada somando todos os contratos. Mesmo assim vale aquela opção possui 3 anos de FGTS com taxa de juros menor?”

Resposta:
Para que você possa marcar a opção “mais de 3 anos” precisam ser 3 anos trabalhados, e não corridos.

Exemplo: Um ano na empresa A, 6 meses sem trabalhar, 2 anos na empresa B.
Mesmo se passando 3 anos e meio, ela só poderia marcar quando estivesse a 2 anos na empresa B, pois aí seriam 3 anos trabalhados.

 

3) Caso real e dúvida da Amanda:

“Ano passado fui dar uma xeretada no feirão da caixa. Lá encontrei um lindo apê de 2 dormitórios na planta num bairro de localização razoável de SP por um precinho camarada para uma noiva sem grana: R$75.000,00 sem entrada ou mensais durante a obra para a construtora. (…) fiquei meio desconfiada e pesquisei sobre a construtora na internet. Descobri que é a mesma que está fazendo as obras para os apês que são sorteados pela prefeitura da cidade pelo MCMV de 0 a 3 salários. (…)

Na época nossa renda individual não dava para financiar o imóvel sem entrada na caixa. Juntamos as rendas, declaramos a conta FGTS há mais de 3 anos dele, porém optamos por não utilizar o saldo, pois daria diferença na parcela de apenas R$10. Achamos conveniente guardar este fundo para uma eventual necessidade ou para quitar o imóvel futuramente. (…) Seja sincera: fizemos um bom negócio ao não usarmos o saldo FGTS?”

Resposta: 

A Amanda fez sim a coisa certa. O uso do FGTS tem que ser bem analisado, pois pode ser necessário para eles em caso de perda do emprego posteriormente, para quitar essa e/ou outras dívidas. Se não fazia uma diferença substancial no valor do imóvel, eles tomaram a decisão acertada.

E vejam que ela conseguiu um imóvel no valor ideal para a renda dela! Gente, tem que bater perna e verificar o que o mercado local está oferecendo. A Amanda conseguiu o imóvel dela, e eu tenho CERTEZA que você também vai conseguir o seu!

 

4) Dúvidas da Joyce:

“Eu e meu namorado (ainda não noivamos rs), já compramos o apartamento na planta. Na época ele custava 134.000,00. Estamos pagando para a construtora 30.000,00. Sendo assim ficarão 104.000,00 para financiamento com a Caixa.

Hoje o valor que o apartamento está sendo vendido é de R$ 170.000,00. Ai vem minha primeira dúvida. Quando eu for assinar com a Caixa o meu apê ainda será 134.000,00 ou será 170.000,00? Isso seria por causa desse INCC?

Segunda dúvida. Fiz as simulações no site da Caixa da mesma maneira que você colocou no post. Fiz apenas no do meu namorado, no meu e no de nós dois juntos. Podemos fazer juntos sem sermos casados ainda?”

Resposta:

Sobre o valor do imóvel: O valor que você comprou foi de R$134.000,00, restando R$104.000,00 para o financiamento.  O imóvel valoriza durante o tempo de obra, e a construtora aumenta o valor do imóveis que ainda estão à venda; o seu que você já comprou continua sendo R$134.000,00. Isso quer disser que seu patrimônio já valorizou esse valor de diferença, ou seja, se quiser revender sua unidade, pode revender por R$170.000,00 e terá R$36.000,00 de lucro.

OBS: Você não vai financiar R$104.000,00, será esse valor + INCC.  Peça um extrato atualizado de prestações a vencer à sua construtora, para saber o valor real atual. Farei um post sobre INCC e explicarei melhor.

Segunda dúvida: Vocês podem juntar renda mesmo sem serem casados, não tem problema 🙂

5) Recebi muitos e-mails perguntando sobre uso de FGTS e se Funcionário público tem alguma linha de financiamento diferente, alguma vantagem…  Estes assuntos têm posts previstos, então, se você tem alguma dúvida com relação a estes assuntos, me manda que vocês me ajudam a montá-los!

 

Espero ter ajudado!

 

Abraços 😀

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