Na terça-feira pela manhã, deixamos o seguinte comunicado no Facebook do Casando:

bazar

Algumas pessoas ficaram confusas, outras pediram mais explicações e aqui vamos contar tudo o que houve para vocês. Vejam só:

Quando fizemos a mudança do blog para o layout novo, vieram junto novas idéias de como ajudar a realização dos sonhos de você. Uma das idéias era melhorar a forma de anúncio dos bazares que nós já faziamos aqui no blog antes (quem lembra?). O que pensamos:

“Muitas pessoas comentam dizendo que gostam dos vestidos mas não tem o valor a vista para comprar. Podemos então juntar os anúncios e colocar em um local que a compradora consiga parcelar sua compra e também tenha a segurança de que vai receber o produto”

Deste pensamento foi um pulo para locarmos um espaço de loja virtual e criamos um esquema onde a vendedora enviava sua oferta, nós fazíamos o cadastro e intermediávamos a venda (garantindo que a vendedora receberia o valor total e que a compradora receberia seu produto direitinho) e pediríamos em troca um valor praticamente simbólico de 10% caso a venda se concretiza-se. Do contrário, o anúncio permanecia vitalicio no ar até vender!

Nossa intenção sempre foi a de ajudar, de coração. Mas aí, então, começaram a acontecer problemas que comprometeram toda a nossa vontade.

    • Começamos a receber milhares de e-mails (sem brincadeira! chegaram centenas!!!) pedindo inclusão de oferta. Fomos o mais específicas e exigentes o possível pedindo fotos boas, descrição detalhada dos produtos, medidas, tipo de tecidos, de onde veio, etc etc e etc. Mas ainda assim, com tanta chatice da nossa parte, continuamos sem muitas respostas aos e-mails que conseguimos olhar (sim, pois até hoje tem muitos aguardando a vez!);
    • Como não queríamos deixar a loja parada, cadastramos os que estavam um pouco mais completos em descrição e pedimos, conforme nossos termos de uso, para que a vendedora respondesse as dúvidas que fossem surgindo das possíveis compradoras. Resultado: Muitas não fizeram isso ou demoravam muito para responder, desanimando assim as compradoras;
    • Depois notamos que talvez os valores pedidos pelos vestidos não estivessem chamativos pro nosso público. Não desmerecemos NENHUM MODELO e o que nos diziam que queriam receber por eles, nos cadastrávamos sem problema algum. Acontece que muitas recém casadas estavam sentimentalmente apegadas a seus vestidos e desejam pedir por eles o valor do carinho que a familiar aplicou na hora de fazê-lo. Ou ainda, haviam modelos que foram comprados um pouco mais caros e que a vendedora desejava receber quase o mesmo valor pago. Justo ou não, sentimos que isso desinteressou um pouco o público: “Poxa, mas como vou pagar tanto por um vestido que não posso nem experimentar primeiro?”. Ouvimos MUITO isso;
    • Mesmo sem ter muitas vendas, mas apostando que poderia dar certo esse modelo de Bazar, chamamos uma pessoa SÓ para fazer o número monstruoso de cadastros que estavam chegando. Como era apenas por meio período e apenas pelo período necessário para conseguir terminar o trabalho, pagávamos do nosso bolso (como investimento, mas é verdade) salário + vale transporte, que davam uma média de R$ 1.000 reais;
    • Daí que, quase no final dessa experiência, ocorreram alguns problemas de ordem de descuido: Compradoras solicitavam um produto, pagavam e no momento que em as vendedoras iam postar, nos mandavam mensagens dizendo que o produto estava danificado…lá íamos nós pedir desculpas a compradora e devolver seu dinheiro sem receber nenhum centavo da transação. Descuido? Falta de atenção? Não sabemos e deixa pra lá…o importante é que conseguimos resolver todos estes imprevistos.
    • O fim se deu quando, ao fazermos as contas, notamos um déficit financeiro pra nós. Acompanhe a conta:

Foram 8 vendas concretizadas.

Foram ao ar 129 anúncios.

As vendas totalizaram R$ 4.227,10.

Disso, o CSG ficou com R$ 312,50 pela comissão de 10% cobrada sobre venda realizada menos as taxas financeiras de vendas online.

Gastamos R$ 500 no layout (pra loja ficar com a cara do CSG :D).

Pagamos uma mensalidade para manter a loja no ar e ao todo investimos R$ 89,50.

Sem contar a ajuda para fazer os cadastros e aí se foram mais R$ 1.000

O nosso prejuízo financeiro foi de R$ 277.

Se fosse só pelo financeiro persistiríamos, mas duro mesmo foi o desgaste com as cobranças por anúncios no ar e com as negociações que falharam. Sem vendas e com estes probleminhas, decidimos para o bem da nossa saúde parar o bazar por aqui.

MAS…

Acreditamos que ele possa reviver e dar frutos. Mas para isso vamos estudar uma forma de que ele continue justo para todos: nós e vocês. Já pensamos em:

– Limitar um pouco mais os valores de venda para que os anúncios se tornem mais atraentes (aqui é importante lembrar o que você está vendendo um produto ***usado*** e a comparação do valor seu anúncio com algo novo tem que ser vantajosa para as compradoras);

– Vetar: itens passíveis de estarem estragados ou manchados depois de guardados, coisas que podem quebrar, rasgar ou estragar se enviar por correio, coisas difíceis de enviar pelo correio e coisas fáceis de achar pelo Brasil;

– Deixar a negociação totalmente aberta entre vendedora e compradora como era antigamente pelos posts. O ponto negativo é que não haverá mais a ferramenta de parcelamento (que tem custo e demora de 17 dias de repasse do dinheiro).

Por enquanto nos preocupamos em responder a todos que enviaram e-mails com oferta de produtos e também auxiliar no termino de transações que estavam acontecendo. Ficou com alguma dúvida? Escreve pra gente:

[email protected]

Beijinhos

assinatura_liliane