Hoje contaremos a história de Taionarrara, do Brasil, e Dyon, da Holanda. A Tai compartilhou com a gente como foi a realização do casamento fora do país, tudo que envolveu e algumas tradições de culturais de lá em sua cerimônia, que além de tudo, foi realizado em meio a estes tempos díficies de pandemia. Confira a seguir:
“Realizar o casamento fora do Brasil foi bem burocrático. Precisei viajar do Rio Grande do Sul para São Paulo toda vez que tinha fazer um documento e também precisei fazer um exame chamado MVV.
MVV nada mais é do que um adesivo no seu passaporte que será emitido pelo consulado holandês. Ele te autoriza a viajar para a Holanda apenas com passagem de ida, sem ter que voltar de lá em até 90 dias.
Nesse exame eu precisava falar o básico de holandês, responder perguntas e também saber um pouco da cultura e história do país. Precisei também traduzir 2 documentos: certidão de nascimento e declaração de solteira.
Chegando aqui na Holanda, fui me cadastrar na cidade onde eu moro atualmente e precisei fazer um carteira de identidade nova. Após o casamento, fiz um seguro de vida e um plano de saúde/dentista, que são obrigatórios no país.
Agora eu tenho 3 anos para fazer um exame do governo que me dá a dupla cidadania. Após isso, acredito que não preciso fazer mais nada, hahahaha!” Ufa!
Sobre o casamento…
“Eu e o Dyon nos casamos no civil no dia 1º de setembro de 2020, na Holanda. Tivemos que fazer um discurso bem curto por causa do coronavírus. A parte mais legal é que a moça que oficializou a união foi tão querida, que falava em português e holandês para me sentir a vontade.
Após isso, realizamos a cerimônia religiosa no dia 5 de setembro de 2020!”
Os preparativos
Nosso convite de casamento foi feito por um amigo, e saiu muito mais barato.
– Eu me arrumei na casa da família do Dyon e toda sua família estava lá, foi muito divertido e isso não me acalmou um pouco. O Dyon se arrumou na nossa casa;
– Eu mesma fiz minha maquiagem e uma amiga fez o cabelo;
– Dyon foi me buscar na casa da família, e levou junto o meu buque de noiva. É uma tradição aqui!
– Ah sobre meu buquê, por que eu escolhi as flores secas? A Holanda é muito conhecida pelas tulipas coloridas, mas as flores secas são eternas! Esse foi o principal motivo para eu escolhê-las, já que podem ser também utilizadas após o casamento para decorar a casa ou presentear alguém querido. Flores secas também não geram tanto resíduo e também dão um toque vintage ao casamento, além de serem super populares aqui na Europa. Elas também são mais baratas que as naturais, encontrei diversas opções por aqui! E no final, escolhi entregá-las a avó do Dyon <3
– Antes da cerimônia, fizemos fotos num jardim botânico aqui em Roterdam/NL;
– Depois das fotos, fomos para o local onde haveria nossa palestra bíblica online, estávamos conectados com Brasil, Holanda, Portugal e Argentina. A palestra bíblica é forma como nós, testemunhas de Jeová, oficializamos nossa união.
– Chegando no local do casamento, começou a tocar nossa música favorita. A irmã do Dyon, Rachella, tocou e cantou para nós, foi lindo demais!
– A cerimônia aconteceu também de forma online. Meus pais, familiares e amigos não puderam vir devido as restrições por conta do vírus, mas fizeram parte a todo o momento e compartilharam mensagens e depoimentos conosco. Alguns familiares do Dyon também participaram virtualmente.
– No nosso casamento, servimos um típico chá da tarde europeu, com pequenas tortas, chocolates, sopinhas, mini sanduíches e bebidas.
Por que decidimos casar na pandemia?
Nosso objetivo sempre foi casar, mas nossos documentos levaram muito tempo para ficar prontos. E quando finalmente ficou pronto, bummmm! Uma pandemia mundial! Para nós o casamento é algo maior do que uma grande festa, com DJs, centenas de pessoas, bebidas caras e muita comida. Para nós, o casamento é a união de duas pessoas que se amam e que estão prontas para viverem juntos para sempre.
Obs: na Holanda não houve impacto tão grande e restrições como no Brasil, por isso foi muito mais tranquilo realizar o casamento por lá.