Deixa eu começar o post de hoje, que vai ser (espero) MUITO IMPORTANTE para noivas metódicas/ansiosas/perfeccionistas, assim…

Diferente do que algumas leitoras que me deram bronca acreditam, eu não deixei e nem vou deixar o blog de lado ou deixar de falar do meu casamento, causando assim ansiedade e sei lá mais o quê em vocês. Desculpem meninas mas é que mesmo morando junto com o noivo, o casamento trouxe uma onda de coisas novas ou tarefas antigas que foram se desatando na mesma época. Logo, eu comecei a contar sobre nosso casamento de uma forma torta (admito!) mas tudo por que nossa vida parece que mudou já uns…70%, sabe? Provavel mudança de casa, de trabalho, aquela roupa para passar acumulada desde dezembro (vergonha!)…

Enfim. Só quero que vocês tenham calma, por favor.
Não está dando pra postar todo dia agora. Paciência. Mas agora, passados estes dias de descanso do carnaval, eu começo uma série de relatos e dicas, tá bom? Eu só estou cansada e mais calma agora que tudo passou. Muitos sentimentos mudaram dentro de mim também e é justamente sobre isso que vou falar hoje…

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O Grande dia

O que deu certo e o que “supostamente” não deu, no dia do casamento

Como diz o enunciado acima, quero dizer que TUDO deu certo no dia 04. Agora, existe uma coisa que vou falar a seguir que, na cabeça da maioria das noivas, faz com que  “nós” não vejamos assim. Por isso eu escrevi “supostamente”. É mais ou menos assim:

Mulheres geralmente são muito perfeccionistas, né? Bom, até aqui não há problema algum. O problema é quando tornamos nosso desejo de perfeição em OBSESSÃO. Novamente: Não há problema algum em querer que um dia único e especial como o dia do nosso casamento seja “perfeito”: Bonito, organizado, agradável e com a menor quantidade de problemas possíveis. Entretanto você precisa saber que o excesso da busca pela perfeição pode te levar a crer que:

1 – NADA pode e nem dará errado;

2 – Que se porventura algo der errado, a culpa será dos outros e NUNCA sua.

Sinto lhe informar mas, infelizmente, algumas ou muitas coisas podem te desagradar no grande dia. No meu caso, confesso, muitas coisas me desagradaram. Após o casamento tive que fazer altos balanços junto com o noivo marido para conseguir visualizar que tudo o que foi positivo se sobrepôs ao que “supostamente” deu errado.

Feito esse balanço, eu entendi o que comecei a dizer neste post: A maioria das coisas dá SUPOSTAMENTE ERRADO. Isso significa que eles deram errado SOMENTE NA SUA CABECINHA PERFECCIONISTA. Compreende? Como diria uma amiga que casou pouco antes de mim: “Quem sabe dos bastidores e do que “deu errado” é você. Os convidados nunca saberão se você não contar”.

Então queridas, a maior lição que eu aprendi com o meu casamento é que a obsessão nos cega. A flor que precisa ter exata coloração entre o rosa clarinho bebezinho recém nascido e o rosa chá doce antigo, a forma do docinho de tecido engomado ou ainda aquela coisa que você elege dizendo: “Não existe casamento sem TAL coisa”.

Moça, só não existe casamento sem VOCÊ e seu NOIVO!

O resto se ajeita, se conserta e provavelmente você vive sem. Com isso em mente você vai curtir bem mais seu antes e depois. Você pode ter contratado os melhores fornecedores do mundo mas, já diria a lei de Murphy: “Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará”. 

Outro ponto é culpar terceiros por nossas desventuras. Você contratou, você pagou mas não tem como prever que tudo será entregue exatamente conforme o combinado. Ora por falta de caráter do contrato, ora por qualquer outros imprevisto da natureza. É triste e assustador? É. Mas essa é a vida e por isso as pessoas bolam planos A e B para tudo desde que o mundo é mundo. Sempre há uma saída para um imprevisto, acredite em mim.

Bom, agora que o papo está ficando longo e chato, vou exemplificar tudo o que eu quis dizer neste post, com a minha própria experiencia…

1 – O atraso da noiva

Cheguei ao local do casamento com uma hora e meia de atraso! É. Chato e angustiante e tudo mais. Mas, culpa de quem?

Resposta: De ninguém. Entretanto a somatória de: Maquiadora calma, muita gente lá em casa transitando de um lado para o outro por N motivos, eu, mãe e madrinha para se arrumar, local um pouco longe e fácil de se perder na ansiedade; fizeram com que o tempo passasse extremamente rápido e quando percebemos, lá estava eu adentrando o corredor às 17hs.

No fim: Todos torceram por um dia de sol e ele ardeu com vontade. Me doía o coração imaginar os convidados lá fora, sem proteção para a cabeça, me esperando. Mas Deus é bom e o querido Buffet Mirandella serviu bebidas fresquinhas e uma larga sombra cobriu o lado esquerdo dos bancos fazendo com que todos pudessem se abrigar por lá.

Foto: Família

2 – O Photo booth

Eu disse que seria inspirado neste aqui. De fato eu tentei: Papel pardo + Post-it’s e o resultado foi uma caca! Culpa de quem?

Resposta: Se eu fosse culpar alguém, seria a mim mesma. Mas não havia como prever que não ficaria bom e eu teria de voltar a estaca zero. Ficou tão ruim que eu nem fotografei…e olha que reforçar post-it por post-it com cola e alinhar um por um no papel pardo deu muito trabalho.

No fim: Uma leitora querida me deu alguns discos usados e nós usamos as capas para um fundo. Ficou bacana e tudo a ver com o tema.

Foto: Gabriela Quinália

3 – Falha Nostra: Não teve chicletinho

Esse me deixou realmente de bico, hahaha. Quem lembra da amiga que fez a arte dos adesivos que imitavam os Mini Chicletes Adam’s? Bom, eu etiquetei os saquinhos e no meio da correria absurda que se instaurou nos últimos dias, deixei a compra dos mini chicletes para a última hora.

Resultado: Na volta da lua de mel a caixa com os 2,5kg de chicletes descansava suavemente em nossa porta. Era uma das coisas que eu mais queria que tivesse dado certo, no tocante a usá-los até mesmo como complemento no quesito lembrança. #FAIL

No fim: Taí. Botei tudo no baleiro e quem visita nossa casa leva um de recordação. Fazer o quê, né? 🙂

4 –  A pista que não bombou e a festa que acabou cedo

Sonhei com uma festa MEGA animada com gente dançando como se não houvesse amanhã. De repente, a pista abriu, umas dez músicas animaram o povo a dançar e quando eu voltei de uma saída de mais dez minutos, a pista havia esvaziado. Tentei agitar mais um pouco para que as pessoas voltassem mas…uma hora depois, mais ou menos, elas começaram a se despedir em sequência e partir. Culpa de quem?

Resposta: Acredito que de fatores totais externos, tais como: Calor desanimador e a volta pra casa que preocupou os convidados. Não que seja negativo se casar no verão em uma chácara mas, é preciso entender que isso tudo pode acontecer. Quando vamos a um lugar novo que consideramos distante, a tendência é desejar voltar cedo para evitar qualquer tipo de problema e dançar faz suar, grudar, cansar e desejar muito se refrescar. Não consegui a máquina de sorvete mas dei gelinhos. Não adiantou…

No fim: A festa acabou no máximo umas 22:30hs…23hs. Depois, pensando com mais calma, ví que as horas voaram mesmo pra mim e que este tempo de festa foi a média da maioria dos casamentos mesmo. Então, tudo certo 🙂

5 – Mayday, mayday: O noivo travou!

Que ele é tímido eu já sabia. Só não imaginava que simplesmente fosse travar completamente em suas participações, hahahaha. Culpa de quem?

Resposta: Nem dele e nem de ninguém. Eu havia perguntado muito tempo antes se ele queria escrever os votos e ele disse que escreveria. Depois disse que preferia a “Arte do Improviso”. No fim, eu improvisei e ele simplesmente soltou um “Desculpa aê galera, sou tímido” no microfone. A primeira dança foi um mix baladão/brega/romântico/divertido dos anos 80 e ele também tinha topado participar (mesmo sem ensaio algum!). Na hora…ele só conseguia se mexer de um lado para o outro e me implorava entre os dentes: “Por favor, me abraça e não sai daqui”.

No fim: Muitas noivas obcecadas por perfeição ficariam putassas e assassinariam seus noivos com uma faca de pão. Mas gente…sério…coitado! Só depois, conversando a sós, é que ele me confidenciou que se sentiu desconfortável em ter todas aquelas pessoas aguardando uma reação dele. Disse que queria ter cumprido o prometido mas sentiu muita vergonha. O bom é que tudo o que ele planejou falar no altar, me disse ao pé do ouvido, na lua de mel… 😀

Foto: Família

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E muitas tantas outras pequenas e bobas coisas aconteceram. No calor do momento, alí no grande dia tão aguardado e planejado, você talvez não consiga pensar com frieza o suficiente e, depois que tudo acabar, estrague suas melhores lembranças apegando-se a detalhes tão vazios como estes. Torço para que consigam vislumbrar o casamento MAIS ALÉM do que apenas aquele dia e suas quatro ou cinco horas de festa. Se der tudo certo: ÓTIMO. Se der tudo “supostamente” errado: TUDO BEM! Nada e ninguém podem estragar a felicidade de se unir eternamente a pessoa que mais amamos. Esqueça vestido, flores, doces, caras feias e foque no real sentido de se casar. Permita-se ser feliz concentrando-se nisso.

O importante, de verdade, começa depois que tudo isso acaba. Na convivência e no dia a dia. Acreditem em mim.

 

Beijos!