Bem vindo, 2017! Para muitas pessoas você só começou agora cof cof cof e para um monte delas é chegado o momento de marcar a data do grande dia. Nove anos de conversas com milhares de noivas me esclareceram os 9 principais fatores que dificultam o início dos preparativos do seu casamento e achei extremamente importante relembra-lo(a)s e ensinar como dribla-los.

1. Dinheiro

Concordamos que essa preocupação nos reúne aqui, não é mesmo? Mas acho que o fator “quantidade” não seja mais terrível que o fator “desorganização”. Quando eu sei exatamente quanto posso aplicar por mês nos planos do meu casamento e/ou sei quanto tenho guardado, eu sei exatamente até onde posso ir. Talvez seja simplesmente isso que vocês precisam aprender primeiro: a olhar seus gastos e compreender os limites dos seus sonhos.

Contar com empréstimos bancários, dinheiro dos outros e outros tipos de recursos inseguros, não são formas saudáveis de começar um planejamento. Gastos extras rolam SIM, mas começar a falar de casamento já desesperada(o) com desorganização financeira, não é nada bom.

Como resolver?

2. A escolha da data

Não basta ser “no dia do primeiro beijo”. A escolha da data ajuda no ganho de tempo para organização das finanças, na economia com as flores, a acomodar melhor os convidados – no caso de cerimônias distantes ou para convidados que vem de longe, fugir de trânsito e outros problemas de feriados, etc.

Como resolver?

  • Defina primeiro a data que vocês dois gostam;
  • Depois liste os pontos positivos e negativos em torno dela – observando os fatores antes citados: feriados regionais, época das flores, lista de convidados, etc.;
  • Não se esqueça de pensar se em sua região tem o lance de alta e baixa temporada (locais com praia). Escolher data em baixa temporada é so much love com os convidados. Gradicida!

3. Falta de reflexão sobre o número de convidados

Eu falo muito sobre esse assunto (tô até murcha!), mas a decisão final é sempre sua: chamar Deus e o mundo para “não fazer desfeita” e vir chorar pra mim por e-mail ou ter a determinação e elegância em dizer: “Infelizmente não dá, me desculpe, orçamento apertado. Mas venha nos visitar na nossa casa nova! Será um prazer!”.

Linde, a escolha é sua. O dinheiro é seu. A paz interior é sua. Quem torce o bico NÃO É seu amigo de verdade.

Sua família é unidíssima e gigantesca? Então comece uma conversa coletiva sobre como você sonha em ter todos na festa, mas que a grana não ajuda. Uma família parceira não só vai entender como ajudar! Não é o caso? Ora de repensar então qual o motivo que vai te levar a gastar cifras e mais cifras com uma festa de poucas horas com aquele risco horrível que vem junto do “comeram, se divertiram e ainda saíram falando mal”. Vale a pena?

Como resolver?

4. A opinião dos outros

Não só na hora de falar sobre convidados como também em tudo. Tem noivas que me dizem, bravas, que não vão dar ouvidos a ninguém. Tolinhas: se você tapa os ouvidos para sua mãe, por exemplo, lá na feira de noivas você vai escutar as técnicas de abordagem das atendentes e vai ficar recitando os “ai meu Deus eu PRECISO disso!” pra todo lado.

Como resolver?

  • Entendendo que o casamento é SEU, mas educação a gente aprende em casa. Então você DEVE ouvir, mas deixar-se influenciar é outra coisa. Conselho nunca é demais, ainda mais vindo de quem tem experiência.
  • Pondere cada um deles. Dê valor. Mas depois não se esqueça de pensar nos prós e contras de cada para melhorar suas decisões.

5. Suas exigências

Cabeça de noiva(o) é dureza. Quando a gente põe uma meta na frente…Senhô! E se eu escrevi até agora que o casamento é SEU, é obvio que você deve tê-las. O que você não pode é atribuir a felicidade e o sucesso do seu casamento (que significa a união de duas vidas que se amam) a coisas. Se faltar, substitua. Se não tem como, aceite e contorne. Não torne-se seu próprio algoz.

Como resolver?

6. Desconhecer seu estilo

Ajuda um bocado saber exatamente quem você é e o que você gosta (no caso, vocês) em uma festa. Ainda mais na festa do seu casamento. Estão na moda os casamentos no campo, mas você lida bem com o clima campestre? Tem certeza? Se você vai gastar os tubos com repelentes, por que não escolhe um espaço de festas bem bonitinho e arejado, na cidade? Se você não tem praia como um destino frequente na vida, vale a pena bater cabeça atrás de uma?

Como resolver?

  • Pense e repense sinceramente as coisas que você realmente gosta na vida. E não as que os influenciadores da internet te convencem a gostar;
  • Passe um tempo no Pinterest selecionando idéias e depois filtrando-as de acordo com o seu estilo.

7. Não prestar atenção às exigências e prazos do registro civil

Coisa técnica, mas muito importante: você tem um prazo para se casar (seja lá por qual motivo)? Então procurem os cartórios mais próximos a residência de vocês, o casal, escolham um e verifiquem as exigências e os prazos de cada união urgentemente.

Como resolver?

8. Sofrimento por antecedência

Não tem nem a data ainda e você já tá com gastrite! Calma, coração…calminha. Vamos ver isso aí. Mas antes: se você tem um problema real, e sério, de saúde, em relação a ansiedade, procure tratamento e ajuda médica antes do casamento. Sério: eu tive depressão e não sabia! Depois do meu primeiro casamento eu desenvolvi crises de ansiedade e só fui descobrir o que elas eram, recentemente, em consulta com um especialista. Hoje em dia eu medito quando dá, faço atividade física quando acordo viva e tomo floral esse sim todo dia para acalmar meus nervos.

Como resolver?

9. Não tratar o assunto com devida atenção

Tem também esse outro lado, das pessoas que levam a organização de seus casamentos com muuuuuita fluidez. Nada contra, mas cuidado. No meu primeiro casamento me senti atropelada pelo tempo. Reza a lenda que quando a gente finalmente marca a data, o relógio começa a correr contra. Verdade ou não, na semana anterior ao meu primeiro casamento eu estava LOUCA ENSANDECIDA com um um monte de coisas que tinha esquecido ou “deixado pra depois”.

Como resolver?

Desejo a todos vocês um começo de organização focado e realista em prol de casamentos não só econômicos e bonitos, mas também sossegados, dessas festas que nos matam apenas de uma coisa depois que acabam: de saudade.

Um beijo!

Imagem de capa: Shutterstock